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quinta-feira, 3 de maio de 2012
Diretor diz que 'Battleship' é um dos filmes mais sofisticados já feitos
Peter Berg e elenco participam do lançamento em Cartagena, na Colômbia. Apesar de apostar na tecnologia, ele dispensa o 3 D: 'me dá dor de cabeça'.
Dos mesmo produtores de “Transformers”, “Battleship – A batalha dos mares”, que estreia no próximo dia 11 na América Latina, também aposta na computação gráfica para impressionar. Em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (2), em Cartagena das Índias, na Colômbia, o diretor Peter Berg, acompanhado dos atores Taylor Kitsch, Brooklyn Decker e Alexander Skarsgård, disse considerar o longa um dos mais elaborados no quesito "efeitos especiais" da história do cinema.
“Do ponto de vista dos efeitos, é um dos mais sofisticados filmes que já foram feitos”, disse o diretor de “Hancock”, vestido com um chapéu colombiano. “Os aliens foram todos feitos em computador. Até ele, às vezes, era criado no computador”, explicou, apontando para o amigo Taylor, que dá vida ao protagonista Hopper.
O clima de bom humor marcou a conversa dos quatro com a imprensa internacional, que assistiu ao filme na manhã de terça-feira (1) - na noite desta quarta haverá a première latina, no Teatro Adolfo Mejía.
Para explicar os motivos de algumas cenas com atores serem computadorizadas, como a que Hopper recebe um chute no nariz durante partida de futebol, Peter provocou o elenco: “São todos jovens, atléticos, fortes e queriam fazer todas as cenas. Eu não me preocupo se eles vão se machucar. Acho até engraçado. Mas, se eles se machucassem, não poderíamos fazer o filme. Me preocupei com o filme, não com os atores”, brincou.
Sobre a ausência do 3D no longa, o diretor foi sincero: “O 3D me dá dor de cabeça. Nunca pensei em fazer porque não gosto”, simplificou.
Taylor, que tinha o personagem Gambit, de “X-Men origens: Wolverine”, como principal participação no cinema, este ano já havia protagonizado outra superprodução, “John Carter - Entre dois mundos”. “Está sendo um ano muito animador”, comemorou.
O sueco Skarsgård faz o papel do irmão mais velho e exemplar de Hooper, Stone. “Ele se preocupa muito com o irmão mais novo, ao mesmo tempo vê muito potencial nele. É um filme de ação, mas que explora as relações pessoais”, explicou o ator, que somente pôde confirmar sua participação no lançamento na segunda-feira (30) devido ao ritmo de gravações da quinta temporada da série “True blood”, pela qual é conhecido como o vampiro Eric Northman.
A cantora Rihanna, que estreia no cinema como Raikes, uma suboficial especializada em armas Raikes, não compareceu por falta de datas em sua agenda (veja making of do jogo de futebol em que a popstar participa no longa). Com uma atuação convincente, a artista já tem um segundo papel confirmado, como uma vilã em “Velozes e furiosos 6”.
Outra iniciante nas telonas é a modelo Brooklyn Decker, que só havia atuado na comédia romântica “Esposa de mentirinha”, ao lado de Adam Sandler e Jennifer Aniston. Em “Battleship”, ela vive Sam, namorada de Hooper e filha do almirante Shane (Liam Neeson, também ausente do evento).
Linda, usando um vestido vermelho comprido, ganhou aplausos e a simpatia dos colombianos logo nas primeiras palavras: “O café daqui é muito bom. Já tomei vários”, disse a atriz, que estará em “O que esperar quando você não está esperando”, com Rodrigo Santoro e Jennifer Lopez, previsto para estrear no dia 18.
O filme
Em uma espécie de “Independence day” dos mares, o longa narra a história de militares que lutam no Havaí contra a invasão alienígena. Enquanto no filme de 1996, dirigido por Roland Emmerich e estrelado Will Smith, a Força Aérea dos Estados Unidos comanda a resistência terráquea, em “Battleship” é a vez de a Marinha mostrar sua força. A inspiração foi o clássico jogo Batalha Naval, que hoje, por questões de licenciamento, é conhecido como Battleship no Brasil. “Meu pai é militar, sempre quis fazer um filme sobre a Marinha”, contou o diretor.
O longa não foge dos clichês. Pelo contrário, os valoriza e até faz graça deles. Desde o início, quando Hopper é preso por invadir uma loja de conveniência atrás de um burrito de frango para conquistar Sam, até o momento em que idosos da reserva da Marinha se tornam indispensáveis na missão, em cena que fica entre o cômico e o comovente.
Talentoso, mas problemático, Hopper acaba obrigado pelo exemplar irmão mais velho a se alistar na Marinha. Brigão, impulsivo e indisciplinado, corre o risco de ser expulso da corporação por Shane, ao mesmo tempo em que deve pedir a mão de Sam em casamento para o almirante. A solução para conquistar o sogro? Salvar a Terra.
A chegada dos aliens se dá com argumento baseado em tema já levantado por Stephen Hawking. O físico britânico, assim como o cientista Cal Zapata (Hamish Linklater) de “Battleship”, condena a tentativa de contato com extraterrestres, prevendo uma tragédia. E é justamente após uma mensagem enviada por satélites para um planeta com condições espaciais semelhantes às da Terra que começa a invasão – e a tal “batalha dos mares”.
O exagero também faz rir em algumas cenas, como quando um gigantesco navio Destroyer manobra radicalmente, em uma espécie de “cavalo-de-pau” marítimo, para desviar de mísseis inimigos.
Em uma estratégia de lançamento rara realizada pela Universal Pictures, o longa estreou fora do circuito EUA-Canadá e, em 12 dias após a primeira exibição em 50 países, ultrapassou US$ 100 milhões. A estreia americana se dará uma semana após a da América Latina, em 18 de maio. Bem executado na proposta de divertir, o filme é aposta de grande bilheteria.
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