sexta-feira, 11 de maio de 2012

'Battleship' é inspirado no antigo jogo Batalha Naval

Um complicado nicho parece ser a nova sacada de Hollywood. Se a aposta no universo dos super-heróis já provou ser mais do que certeira - e rentável -, os estúdios agora buscam aproveitar nas telonas a popularidade de brinquedos. A Hasbro, tradicional empresa do setor, já teve transformado em filmes seus 'Transformers' e o grupo 'G.I. Joe' (Comandos em Ação) e, ao lado da Universal Pictures, tenta emplacar adaptação do antigo jogo 'Batalha Naval' em 'Battleship - A Batalha dos Mares'. O resultado é um filme que apenas se associa ao nome da brincadeira para criar mais um espaço de combate entre militares e alienígenas. O título traz o encrenqueiro Alex Hopper (Taylor Kitsch) tendo de liderar grupo de marinheiros internacionais na luta contra os visitantes do espaço nas águas do Oceano Pacífico. Seu objetivo é impedir que os ETs que caíram próximos à costa do Havaí consigam iniciar suas ações no restante da Terra. O elenco também traz Liam Neeson, Alexander Skarsgård, a modelo Brooklyn Decker e a cantora Rihanna, estreante no cinema no papel da única mulher nas tripulações que participa da pequena guerra. A direção é assinada pelo diretor norte-americano Peter Berg, com carreira no comando de séries de TV e que assinou o divertido (mas decepcionante) 'Hancock', de 2008. Ele parece repetir os acertos e erros de sua obra mais conhecida no novo filme. Os efeitos especiais são ótimos e as cenas de ação obtêm resultados bons o bastante para serem comparadas com as vistas na trilogia 'Tranformers'. Mas a pouca tensão criada pelos acontecimentos não é capaz de prender a atenção dos espectadores minimamente exigentes e, em certos momentos, é quebrada pelo sentimentalismo entre Hopper e sua namorada. Para aqueles que ainda se lembram das partidas de Batalha Naval, a maior referência na trama fica por conta dos radares modificados para identificar a localização das naves no mar durante ação noturna. A simplicidade do jogo dificilmente o tornaria tão interessante a ponto de servir de base para uma produção cinematográfica. Talvez seja por isso que a invasão alien, trabalhada de forma cada vez mais banal nos cinemas, parece não dar certo. Seria melhor deixar os mares para os piratas.

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